terça-feira, 5 de março de 2013

Linfedema e o Sistema Linfático



O linfedema é uma síndrome complexa que tem etiologia variada e manifestações clínicas diversas. É a complicação pós-operatória mais comum e seus efeitos adversos afetam diretamente a qualidade de vida das pacientes com graves repercussões funcionais, estéticas e psicosociais para o paciente. Embora sua incidência esteja diminuindo devido ao diagnóstico precoce e ao progresso nas estratégias terapêuticas, o linfedema ainda permanece como um desafio significativo para as pacientes e seus fisioterapeutas.

Seguem as principais perguntas e respostas sobre o sistema linfático e o linfedema.

01. O que é o sistema linfático?
O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório. O sistema linfático é um importante componente do sistema imunológico, pois auxilia na proteção contra bactérias e vírus invasores.

02. Qual a sua função?
O sistema linfático possui algumas funções:
1) remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais;
2) absorção dos ácidos graxos e transporte da gordura para o sistema circulatório;
3) produção de células imunes e;
4) drenagem (limpeza) das grandes partículas para a circulação sangüínea.

03. Como ocorre o transporte da linfa?
A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas veias subclávias através do ducto torácico.

04. O que são os linfonodos?
Os linfonodos ou gânglios linfáticos constituem naturalmente barreiras limitantes e funcionam como “filtros” do nosso organismo contra os agentes agressores. Essa importante estrutura do sistema imunológico, limita o fluxo da linfa, de modo a deixar as células imunológicas agirem sobre o agente agressor. Este fato, faz o linfonodo aumentar de tamanho, adquirir sinais inflamatório como aumento de temperatura e dor, popularmente conhecido como “ingüa”.

05. O que é a linfa?
A linfa é um líquido transparente e esbranquiçado, levemente amarelado ou rosado, alcalino e de sabor salgado, constituído essencialmente pelo plasma sanguíneo, proteínas e por glóbulos brancos.

06. Quantos litros de linfa são drenados por dia, para o sistema circulatório?
O volume diário, em uma pessoa saudável, é de 2 a 4 litros, porém pode chegar a 20 litros.

07. Como ocorre a circulação no sistema linfático?
O sistema linfático não possui um “coração” que serve para bombear a linfa, como ocorre com o sangue. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele junto com contração rítmica das paredes dos vasos. Por isso a contração muscular feita com exercícios é tão importante.

08. Por que no câncer de mama é feita a linfadenectomia para a retirada dos glânglios linfáticos/linfonodos?
Porque comumente estes gânglios/linfonodos e vasos linfáticos ficam tomados pelas células tumorais e podem ocasionar a recidiva do câncer e/ou fazer metástases.

09. O que é linfedema?
Linfedema é um tipo de inchaço (edema) que acomete uma parte do corpo decorrente do acúmulo anormal de líquidos e substâncias, especialmente proteínas, nos tecidos, resultante do fraco funcionamento do sistema linfático de drenagem.

10. Por que se forma o linfedema?
Decorre de um problema entre o fluxo linfático produzido e a capacidade de transporte. Se os mecanismos de compensação forem insuficientes, o equilíbrio entre a produção e o transporte estará comprometido; assim se a produção normal de linfa for maior que a capacidade de transporte, o linfedema aparecerá.

11. Quem vai ter linfedema?
A incidência maior está em pacientes que são submetidos à linfadenectomia.
Existem gânglios em diversas regiões do corpo, a retirada deles pode implicar no aparecimento do linfedema como descrito acima.
Pode ocorrer por exemplo em pacientes com tumores ginecológicos que realizam a linfadenectomia da região inguinal, nesse caso a perna poderá inchar. Em pacientes com cirurgia de cabeça e pescoço que fazem esvaziamento cervical podem apresentar linfedema na face, cabeça e pescoço.

12. Todas as mulheres que fazem cirurgia de câncer de mama ficam com linfedema ?
A freqüência de linfedema pós-mastectomia descrita na literatura varia de 5,5% a 49%, diferença esta que depende de diversos fatores, como o critério de diagnóstico, tipo de cirurgia, uso de radioterapia e fisioterapia pós-operatória

13. Como se gradua o linfedema?
Grau 0: Pessoas que não têm linfedema
Grau l: Pessoas que têm linfedema que desaparecem apenas com o repouso noturno;
Grau 2: Pessoas que têm linfedema que não diminuem com o repouso, mas que podem ser eliminados com drenagem linfática, fisioterapia e procedimentos médicos.
Grau 3: Estágio mais grave da doença, que se manifesta por inchaços que não melhoram com o tratamento clínico.
Também podemos graduar o linfedema realizando a digitopressão, ele pode ser de 1 até 4.

14. Como é feito o diagnóstico através de exames?
Apesar do diagnóstico de linfedema ser basicamente clínico, a obtenção de imagens radiológicas e de ultrassonografia permitem melhor compreensão dos fenômenos patológicos envolvidos e excluir outras causas de edema.

15. O que é linfocintilografia?
A linfocintilografia é atualmente defendida como o principal teste diagnóstico para o sistema linfático periférico, permitindo a visualização de vasos linfáticos e linfonodos, bem como a quantificação do transporte linfático. É um método confiável para mensurar o fluxo linfático em condições incertas de aumento ou redução dessas atividades.
O estudo linfocintilográfico é considerado normal se discretos canais linfáticos drenarem a extremidade do membro e se os linfonodos regionais forem visualizados em até 1 hora após a aplicação de um radiofármaco (substância injetada e com fluxo visualizado no exame).

16. Como é o tratamento da erisipela?
A crise de erisipela deve ser tratada com repouso, medidas higiênicas locais e antibióticos.

17. O repouso permite regressão do inchaço do linfedema?
Geralmente não. Existem 3 tipos de linfedema: o de grau I – o inchaço é reversível com elevação das pernas e repouso  no leito por 24 a 48 horas. Este edema é depressível à pressão digital; os de grau II e grau III, o inchaço não regridem com o repouso.

18. Como deve ser o tratamento do linfedema?
Mesmo com os avanços na compreensão da doença e com a padronização da abordagem fisioterapêutica do linfedema, o tratamento continua sendo difícil e dependente de uma abordagem multidisciplinar. É um tratamento que demanda tempo e empenho tanto do paciente quanto da equipe responsável pelo tratamento. O objetivo da terapia é diminuir o edema para manter ou restaurar a função e o aspecto do membro afetado

19. Qual o melhor tratamento para o linfedema?
O melhor tratamento é o diagnóstico precoce e prevenção das complicações. Depois de instalado, a forma de tratamento com os resultados mais consistentes para a maior parte dos pacientes é a Terapia Física Complexa (TFC) ou suas variantes.

20. Que medidas gerais auxiliam no tratamento do linfedema?
O linfedema deve ser entendido com doença crônica que necessita implementar mudança no estilo de vida para se obter um melhor controle. Não existe cura, mas controle. Perda de peso se a pessoa for obesa, evitar uso de bebidas alcoólicas, fumo, excesso de sal, roupas apertadas nos braços, pernas e cintura. Procurar exercitar-se com natação, hidroginástica leve e pequenas caminhadas, sempre com orientação especializada, pois melhoram o fluxo linfático residual.

21. O tratamento do linfedema é medicamentoso?
Não, o tratamento medicamentoso é considerado adjuvante no tratamento do linfedema, visando diminuir o edema, tratar e prevenir infecções.

22. Quais os medicamentos que podem ser utilizados no controle do linfedema?
Atualmente, está indicada a utilização de antiinflamatórios não hormonais, corticóides, benzopironas, cumarínicos e venotônicos.

23. O que é a erisipela?
Erisipela é um processo infeccioso cutâneo, podendo atingir a gordura do tecido celular subcutâneo, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. A erisipela ocorre porque uma bactéria (um Streptococo) penetra numa pele favorável à sua sobrevivência e reprodução. A porta de entrada quase sempre é lesão causada por fungos (frieira) entre os dedos dos pés, arranhões na pele, bolhas nos pés produzidas por calçado, corte de calos ou cutículas, lesões por coçar picada de inseto com as unhas ou presença de varizes.

24. Quais os sintomas da erisipela?
Os primeiros sintomas podem ser aqueles comuns a qualquer infecção: calafrios, febre, cefaléia, mal-estar, náuseas e vômitos. As alterações da pele podem se apresentar rapidamente e variam desde um simples vermelhidão, dor e inchaço até a formação de bolhas e feridas por necrose da pele.

25. Quais as pessoas mais propensas a este tipo de infecção?
Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação venosa dos membros, assim como as pacientes submetidas à linfadenectomia e portadores de edema de membros de origem cardíaca ou renal.

26. Exames devem ser realizados para o diagnóstico da erisipela?
O diagnóstico é feito basicamente através do exame clínico. Exames laboratoriais são geralmente dispensáveis para se fazer o diagnóstico, mas podem ser importantes para acompanhar a evolução do paciente.

27. Quais são as principais orientações que devo seguir para evitar o linfedema e a erisipela?
- Evitar fazer movimentos vigorosos e repetidos com o braço que foi submetido à cirurgia
- Evitar carregar objetos ou sacolas pesados ou arrastar móveis pesados.
- Não carregar bolsas ou malas do lado do membro acometido.
- Não usar roupas ou jóias apertadas no lado da cirurgia.
- Cuidado ao manipular objetos cortantes.
- Não tomar injeção ou retirar sangue do braço afetado.
- Se ficar internada, não instalar acesso de soro no membro do lado da cirurgia.
- Não retirar as cutículas quando fizer a unha, a retirada implica em uma porta de acesso aos microorganismos.
- Evitar banhos muito quente.
- Evitar saunas.
- Banhos de banheira são permitidos desde que o braço fique para o lado de fora.
- Proteger sempre o braço do sol.
- Realizar exercícios supervisionados.
- Sempre que possível repouse e eleve o membro acometido.
- Manter o corpo hidratado. Ressecamento e rachaduras na pele são porta de entrada pra microorganismos.
- Manter o seu peso ideal através de uma dieta bem balanceada.
- Evitar fumar e ingerir álcool.

Fonte: http://www.oncofisio.com.br/docs.php?menu=9&id=46

Um comentário:

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